A INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL NAS AULAS DE MATEMÁTICA

Autores

  • Gelsiane Rodrigues Ferreira Universidade Estadual de Goiás
  • Cleibiane Rodrigues dos Santos Universidade Federal de Goiás- PPGECM, Mestranda.Universidade Estadual de Goiás- Câmpus Quirinópolis- Docente
  • Roberto Barcelos Souza Universidade Estadual de Goiás- Câmpus Quirinópolis.

Palavras-chave:

Deficiência Intelectual, Flexibilização de Conteúdos, Educação Inclusiva.

Resumo

Esta pesquisa foi realizada no decorrer do Estágio Supervisionado do curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual de Goiás, no ano de 2018, na cidade de Quirinópolis – GO, em uma sala do segundo ano do Ensino Médio de uma escola pública estadual. Durante os estágios, havia quatro (4) alunos na sala diagnosticados com deficiência intelectual, os quais se sentavam separados dos demais alunos e contavam com uma professora de apoio centralizada entre eles. A partir desse cenário, surgiram alguns questionamentos que conduziram a investigar o processo de ensino-aprendizagem de matemática neste contexto: Como os materiais concretos podem contribuir para um processo de ensino-aprendizagem inclusivo nas aulas de matemática? Fundamentada por autores os quais afirmam que a inclusão exige mudança da perspectiva educacional, a metodologia foi delineada em pressupostos qualitativos, em um estudo de caso seguido por levantamento bibliográfico que recorre também à historicidade das políticas públicas sobre a educação inclusiva de pessoas com deficiência, observações, semirregências e regências. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se a observação. Para contribuir com a educação matemática inclusiva de alunos diagnosticados com deficiência intelectual foi ministrada uma aula de geometria utilizando materiais concretos para o ensino de conceitos. Diante da participação dos sujeitos de pesquisa, se fez evidente que o uso de materiais concretos nas aulas de matemática propiciou ensino inclusivo, e salienta-se que cabe ao professor a adaptação de práticas pedagógicas para este fim. Indubitavelmente, a prática docente inclusiva motiva e possibilita a apropriação dos conceitos matemáticos para todos os alunos e inclui os alunos com deficiência intelectual.

Palavras-chave: Deficiência Intelectual; Flexibilização de Conteúdos; Jogos Matemáticos; Educação Inclusiva.

Biografia do Autor

Gelsiane Rodrigues Ferreira, Universidade Estadual de Goiás

Graduada em Matemática pela Universidade Estadual de Goiás- Câmpus Quirinópolis (2018).

Cleibiane Rodrigues dos Santos, Universidade Federal de Goiás- PPGECM, Mestranda.Universidade Estadual de Goiás- Câmpus Quirinópolis- Docente

Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual de Goiás (2011), especialista em Atendimento Educacional Especializado pela Faculdade Delta (2013), Mestranda em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Goiás(2017). Atualmente é professora e intérprete de Libras da Universidade Estadual de Goiás- Campus Quirinópolis. Tem experiência na área de Matemática e Libras no ensino básico e superior, com ênfase em Matemática, Educação Especial e Educação Inclusiva.

Roberto Barcelos Souza, Universidade Estadual de Goiás- Câmpus Quirinópolis.

Licenciado em Matemática (UFG), Mestre em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e Doutor em Educação Matemática pela (UNESP/RIO CLARO), sob orientação do Professor Ubiratan DAmbrósio. Professor do Curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual de Goiás (UEG) Campus de Quirinópolis. Professor do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ensino de Ciências - Campus Henrique Santillo e professor colaborador no Programa de Pós-graduação Stricto Sensu Educação em Ciências e Matemática UFG. Diretor Educacional na Universidade Estadual de Goiás - Campus Quirinópolis. Como Linha de Pesquisa: Programa Etnomatemática; Formação de Professores e processos de ensino e aprendizagem de Matemática.

 

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Publicado

2022-12-31

Edição

Seção

Comunicações Científicas (Presencial)