<b>PESQUISA EM EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NA UFMS - CAMPO GRANDE: TRAVESSIAS E PROBLEMATIZAÇÕES</b>

Autores

  • Luzia Aparecida de Souza

Resumo

O Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática completa, em 2017, 10 anos de funcionamento, tendo ocorrido sua centésima defesa de mestrado em fevereiro desse ano. Com o objetivo de formar pesquisadores/docentes para atuar na área nos diversos níveis de escolaridade, sendo capazes de problematizar, investigar, transformar e produzir novos conhecimentos, esse Programa oferece os cursos de Mestrado e Doutorado (desde 2015) em Educação Matemática e tem se dedicado a diferentes temas vinculados às linhas Formação de Professores, Ensino e Aprendizagem de Matemática e Tecnologia e Educação Matemática. As pesquisas estão vinculadas a sete grupos de pesquisa que abordam produção e análise de sequências didáticas, análise de propostas de formação, de livros didáticos, de categorias do cotidiano de professores de matemática, da história da formação e atuação de professores que ensinam matemática, da história da matemática e de manuais didáticos, entre outros. Essa multiplicidade de grupos aponta para uma diversidade de perspectivas de pesquisa e metodologia dentro do Programa, o que consideramos fundamental à nossa formação e à formação dos alunos que temos recebido tanto no Mestrado quanto no Doutorado. A coordenação do grupo HEMEP- História da Educação Matemática em Pesquisa me permite sinalizar como, internamente a esse grupo, temos pensado/alterado as perspectivas que sustentam nosso modo de exercitar a pesquisa. Isso ocorre em um movimento de compreender regras e modos de ação e relação, problematizando na direção de interrogar como, em diferentes momentos históricos, se apresenta um certo tipo de resposta a um certo tipo de problema. Em uma perspectiva foucaultiana, cabe ressaltar que várias respostas podem ser dadas para um mesmo conjunto de dificuldades e é preciso compreender o que torna diferentes respostas simultaneamente possíveis. A problematização é, então, aqui tomada como trabalho do pensamento, como busca por tentar pensar diferente do que se pensa. Como exemplo, cito a noção de história oral e como esta se alterou e tem sido questionada enquanto metodologia das pesquisas que realizamos ao longo dos últimos anos a partir da problematização de expressões como “dar voz”, “referente”, “versões históricas ou versões de história” sustentadas por uma, ainda inicial, interlocução com Wittgenstein.

 

Palavras-chave: Educação Matemática; Pós-graduação UFMS; Problematizações.

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Publicado

2017-12-31